quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um brinde a...

Hoje, às 9h15 da manhã, completei 28 anos do meu nascimento. Confesso que não estava muito animada para comemorar todas essas primaveras. Não porque elas estivessem sendo mal vividas - levo a vida de uma forma animada, exagerada muitas vezes, confesso. Mas por estar longe da família, por enxergar apenas o lado ruim das coisas e, talvez, com uma bela dose de inferno astral, não consegui pensar em nada.

Mas parece que vocês não deixaram, né, caros amigos. Hoje, tive uma overdose de mensagens, ligações e surpresas que, redundantemente, surpreenderam-me e arrancaram belas lágrimas dos meus olhos.

Começou com a já conhecida ligação materna às 00h00. Minha mãe, para quem não sabe, mora na pequena Rubinéia, cidade na divisa com o Mato Grosso do Sul, a 8 horas de distância de São Paulo. Há alguns meses que não a vejo, dado o corre-corre cá e acolá. Meu pai, que se reveza entre as duas cidades, está lá por tempo indeterminado. Foi ele quem encerrou o dia e acabou de me ligar, às 23h55. Ambos enviaram também dois cartões pelo correio, cada qual a seu modo.

Minha irmã, única e mais velha, foi quem veio e sorrateiramente redecorou minha casa com belas mensagens de aniversário. Visita dupla, pela manhã e pela noite - essa, na minha ausência.

Como parte fundamental do meu dia, o trabalho. Foi lá que recebi o bolo, brigadeiro, balões coloridos, bombons e até mesmo uma Hello Kitty cheia de balas para adoçar e engordar o meu dia. A programação nunca esteve tão movimentada de gente bonita e de abraços calorosos.

Foi na firma também que recebi um parabéns em coro do grupo de pequenos do Esporte Criança, além de um abraço coletivo esmagatório e da declaração mais lindamente enganosa do dia:

- Quantos anos você acha que ela tem?, pergunta a instrutora para uma das meninas.

- Quinze, responde ela.

Pronto! Está convidada para dançar no meu baile de debutantes.

E, nessas 24 horas, foram inúmeras mensagens na internet, alguns e-mails, ligações e torpedos no celular. De amigos, colegas e até mesmo dos pouco conhecidos. Todas alegrando meu coração e quebrando pouco a pouco o gelo que nele permanecia.

Por isso, hoje, ao fim desse dia que poderia ser como qualquer um outro, mas não foi, investi os últimos minutos do meu aniversário para vir aqui e dizer MUITO obrigada!

Porque, com certeza, eu não sou a mesma pessoa que acordou hoje cedo - ok, não tão cedo assim.

E bora comemorar? Um brinde a mim! Um brinde a vocês! :)

domingo, 10 de abril de 2011

Em boca fechada não entra mosquito

Na última semana, comecei 19 posts diferentes e não consegui terminá-los. Não é por falta de vontade de escrever, mas, na metade deles, batia uma insegurança de que não estava tão legal, ou de que estava deprimente, ou de que estava falso demais, ou de que não dizia nada de útil.

Não que eu ache que meu blog tenha alguma função específica. Eu já nem divulgo o mesmo por achá-lo muito meu. Compartilho apenas com pessoas mais próximas, e olhe lá. É que a minha vida já é um livro aberto. Aliás, sofro muito por causa disso.

Dias desses lembrei de um tio meu já falecido, chamado de Tio Tato. Mais velho por parte de mãe, era alcoólatra e tímido, mas um tanto quanto inteligente. Desenhista projetista, lembro-me bem, já quase aposentado quando nasci. Tal isolamento o restringia ao mundinho particular do seu quarto, onde tinha o que lhe era necessário: sua prancha de desenhos, sua coleção de isqueiros, seus filmes e suas pingas.

Solteiro, morava com a minha avó perto de casa. Passava horas com ele quando ia visitá-lo. Comigo, ele conversava, resmungava e me ensinava a desenhar. Dizia à minha mãe que gostava muito de mim, pois eu era quieta e não comentava com ninguém sobre o que ele me falava.

Engraçado ver que a Adriana de hoje é totalmente o oposto, falando às vezes até demais e o que não deveria. Não à respeito do que os outros me contam, claro. Mas sobre mim. O que penso, o que sinto, o que acho e o que quero.

Exemplo clássico é o amor. Não sei fazer joguinhos. Se tenho vontade de ligar, ligo. Se tenho vontade de falar, falo. Se quero, vou atrás. Mesmo quando o mundo diz que é para eu esperar.

Estou aprendendo a ficar mais na minha. Não ligo. Não falo. Não vou. Mesmo querendo. Na vida amorosa, profissional ou pessoal. O nome disso? Espero ser maturidade. Tenho somente 27 anos, mas acho que estou crescendo.

Acho que meu tio voltaria a sentir orgulho de mim.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Coisas que recomendo

Deletem seus e-mails antigos. Assim não correm o risco de relembrar o passado e fantasiar um futuro.

domingo, 27 de março de 2011

Hoje eu decidi que...

1. não vou mais prometer que vou manter esse blog atualizado pois não tenho a disciplina - nem a vontade - de escrever todos os dias.

2. não vou mais projetar felicidades em coisas e pessoas. Não dá para estar bem o tempo todo e é necessário lidar com os problemas de bom humor.

3. não vou mais negar o bolinho de chuva que me é oferecido diariamente com o café sagrado pós almoço.

4. não vou mais começar e largar as coisas no meio. Foi assim com o violão, o francês, meus bichinhos de feltro e o último livro que comecei a ler.

5. não vou mais sentir culpa quando eu quiser ficar em casa de sábado à noite assistindo à TV e comendo pipoca. Não dá pra ser baladeira o tempo inteiro.

6. não vou mais deixar as bagunças se acumularem. Aprendi, para alegria da minha mãe, que as roupas não têm perna - ou não sabem o caminho pro armário.

7. não vou mais usar salto alto. Primeiro que pareço uma girafa. Segundo que eles machucam meu pé. Em todo caso, não pretendo usar Crocs. Aliás, não recomendo isso a ninguém.

8. não vou mais deixar de molhar a minha plantinha e pretendo aprender a melhor maneira de cuidar dela.

9. não vou mais adiar a renovação da minha CNH. Dei um duro danado para tirá-la e ela tem que ter algum uso que não seja apresentá-la em porta de balada.

10. caso eu não cumpra nenhuma das alternativas anteriores, não sentirei culpa. Afinal de contas, sou a rainha das contradições.

E tenho dito.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Minha nuvenzinha torta

Começando a produzir coisinhas de feltro. Minha primeira arte está terrível. Mas, vamos acompanhar o progresso!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

É tempo de reconstrução

Vida em construção. E nada melhor do que essa foto para ilustrar a nova e melhor fase do meu eu. Essa é a turma de animadores culturais que entraram comigo no SESC SP em julho de 2010. De São Caetano a São José do Rio Preto, passando por São José dos Campos, São Carlos e outros lugares não tão santos assim, estamos espalhados.


Nessa foto, estávamos em uma visita às futuras instalações do SESC Belenzinho, que será reaberto no dia 4 de dezembro.

Aos poucos, vamos nos ajeitando e aprendendo. E esse é o lance mais bacana desse novo trabalho: todo dia é dia de um novo conhecimento.

Agora vai.

domingo, 21 de março de 2010

#Senna50

Hoje é dia de aniversário de Ayrton Senna, data em que, se estivesse vivo, completaria 50 anos. Pois bem. Aproveito para contar uma história que poucos sabem: eu era fã dele. Sinceramente, não me lembro bem o porquê, já que não sou uma pessoa aficcionada por Fórmula 1.

Tudo começou no dia de sua morte, em 1 de maio de 1994, pouco mais de 15 anos atrás. Eu, aos 10 anos de idade, ao saber do acontecido, chorei. E mais que isso: esperei meu pai chegar do trabalho e pedi que me levasse à Assembleia Legislativa, local onde acontecia o velório, realizado três dias após sua morte. Em meu rosto, uma faixa verde e outra amarela de guache coloriam minhas bochechas gordas.

Ao chegar lá, uma fila quilométrica rodeava os quarteirões próximo ao prédio, pertinho ali do Parque Ibirapuera. Eu e minha irmã, de mãos dadas, olhávamos aquilo desesperançosas. Fomos nos aproximando ali da entrada, sem muito a fazer, até que minha mãe decidiu apelar para um policial, contando da minha vontade de entrar lá e me despedir do ídolo. E não é que ele nos deixou passar por baixo da fita de segurança, fingindo que não viu, mesmo ao som das vaias?

Foram os 10 segundos mais esquisitos da minha vida. 10 segundos foi o tempo de entrar por uma porta e sair pela outra, enquanto eu via um caixão lacrado e minha mãe procurava rostos famosos na multidão. Fim. Eu, minha bandeira do Brasil e minhas bochechas verdes-e-amarelas saímos de volta para casa.

Para quem pensa que minha saga de fã estava ali terminada, enganou-se. Meses mais tarde, quando eu completava 11 anos, pedi de presente de aniversário uma visita ao túmulo do Senna. Tem meninas que preferem bonecas. Eu, optei por uma ida ao Cemitério do Morumbi.

Hoje, tenho uma relação de trabalho com o Instituto Ayrton Senna. Ídolos no esporte, não tenho mais. Ou o esporte mudou, ou realmente não sou mais a menininha sentimental de sempre.

De qualquer modo, foi um dia de emoção rever as imagens e a musiquinha de me alegrava, 15 anos atrás, aos domingos.

E para quem também é fã: http://www.senna50.com.br/

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Aquele com a garota suja

Há alguns dias que eu venho assistindo Friends compulsivamente, desde que comprei o box com as dez temporadas no submarino. Durante o feriadão chuvoso do aniversário de São Paulo, iniciei e terminei o disco um da quarta temporada.

O último episódio se chama "Aquele com a garota suja" e começa com Ross saindo com uma paleontóloga mas, ao ir ao seu apartamento, ele descobre que ela é extremamente bagunceira.

Ok, e aí? Estou contando isso aqui porque me identifiquei muito com essa situação justamente no dia de hoje. Não que outrora eu tenha sido uma menina organizada, longe disso. Meus pais, amigos e namorado me conhecem pelo meu jeito bagunceiro de ser. Mas hoje é um dia triste pois, devido a minha bagunça, perdi o meu cartão do banco, exatamente 20 dias após ter perdido minha CNH.

Comecei 2010 com a promessa de leva a vida numa boa, mais sossegada, mas isso não quer dizer que meus documentos devam fugir de mim. O pior de tudo é que, apesar da minha desorganização, eu nunca havia perdido um documentozinho sequer. Pelo menos não definitivamente. Parece que eles colaboravam comigo.

Lembro bem de uma vez em que perdi meu RG e uma amiga minha comentou que os Correios tinham uma seção de Achados e Perdidos que servia para abrigar documentos achados por pessoas desconhecidas, bondosas e afim de fazer uma boa ação. E não é que o danadinho estava lá na Central de Correios de Bauru?!

Infelizmente, dessa vez, minha CNH não está lá, nem meu cartão do banco. Não sei onde eles estão. Pode até ser que eles estejam aqui em casa, rindo de mim. No fundo, espero que sim.

Em todo caso, se alguém encontrá-los, pode deixar no Correio pra mim? Prometo ser mais organizadinha!

domingo, 17 de janeiro de 2010

""Se você disser que eu desafino, amor...

...saiba que isso em mim provoca imensa dor".

Fato: bem que eu queria, mas não sei cantar. Sexta-feira passada fui ao Pau-Brasil, um bar dedicado ao samba, um tanto quanto lotado, mas com um som de primeira, e fiquei observando a vocalista que, com pouco esforço, cantava muito bem.

Quem me conhece, sabe que eu não toco instrumento algum. Até arrisquei um violão, mas empaquei nas pestanas. Acho que não tenho coordenação ou dedos grandes o suficiente para tocar. Aos 13 anos, ganhei um teclado de natal, instrumento que tenho até hoje, intocado. Só sei tocar Asa Branca (tocar, porque quando eu canto e toco, perco o ritmo).

Admiro essas habilidades musicais. Não tenho nenhum dom, o que me entristece. Aquela coisa que orgulha seu pai, sabe. Não canto, danço, atuo, pratico esportes nem ajudo uma ONG.

Será que um dia algum pai vai se orgulhar de uma filha que bebe cerveja como um homem? I don`t think so.


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Por um 2010 freestyle

Olá mundo! Nunca pensei que arrumar o layout de um blog fosse ser tão difícil. E não é que ficou para 2010?

Bom, mas agora que estamos aqui, neste espaço bonitinho - pelo menos espero que tenha ficado-, vamos dar início aos trabalhos. Este ano começou de forma surpreendente como nunca antes: na praia, pulando ondinhas, sem comer frango porque ele cisca pra trás (???), na chuva e com pessoas legais. Tudo que eu precisava. Se depender desses primeiros momentos 2010, meu ano já tá garantido.

E tem muita gente que curte planejar o que fazer durante 365 dias. Não que eu seja contra, eu só acho difícil. Eu até estabeleço metas como entregar minha monografia, comer e dormir. Fim. Mas tem coisa mais frustrante do que planejar e não cumprir? Na minha pós-graduação, aprendi muito sobre planos e ações, e sei que não é nada fácil.

Por isso, levarei 2010 meio freestyle. Vamos ver o que ele tem a me oferecer?